segunda-feira, 18 de março de 2013
Leituras para todos
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."
Ler para aperfeiçoar o leitor/escritor que há em nós:
- Rodary, Gianni, "Gramática da Fantasia", Editora Caminho, 1999.
- Norton, Cristina, "Os mecanismos de Escrita criativa", Temas e Debates, 2001.
- Bach, Pierre, "O Prazer na Escrita", Asa, 2001.
- Carmelo, Luís, "Manual de Escrita Criativa", Biblioteca Universitária, Publicação Europa-América, 2005.
- Santos, Ana Mª Ribeiro; Mª José S. Balancho,"A Criatividade no Ensino do Português", Texto Editora, 8ª edição, 1987. Edições Hoje.
- Leão, Margarida; Helena, Filipe.,"70+7 Propostas de escrita lúdica", Porto Editora, 2002.
- Sena-Lino, Pedro, "Curso de Escrita Criativa I", Porto Editora, 2008.
- Sena-Lino, Pedro, "Curso de Escrita Criativa II", Porto Editora, 2008.
domingo, 17 de março de 2013
A arte de convencer.
Sócrates (470-399 a.C)
A sua vida continua a ser um enigma, o
que não o impede de ser considerado o símbolo por excelência do filósofo.
Sócrates nasceu em Atenas, filho de Sofronisco, escultor e de Fenáreta
(Fenarete), de ofício parteira. Terá recebido uma educação tradicional, isto é,
ginástica e música.Parece que exerceu por algum tempo o ofício de seu pai, no
princípio interessou-se pelas doutrinas físicas dos filósofos jónios. Parece
certo que terá participado nas guerras do Peloponeso (431-404), como soldado
hoplita (guerreiro a pé), o que correspondia a um cidadão de nível médio. Salvou
Alcibíades ferido durante o cerco de Potidea (429), participou na batalha de
Delion (424), na Boécia, e já com cerca de 50 anos, na de Anfipolis (421), na
Trácia. Fez parte do Senado dos quinhetos, opondo-se sempre às medidas que
considerava injustas. Enfrentou a morte desobedecendo a uma ordem dada pelo
governo dos Trinta Tiranos (404).
Algures num momento da sua vida terá
começado a interessar-se sobre o conhecimento de si e do homem em geral. Á sua
volta começam a formar-se um grupo de discípulos e amigos, entre os quais se
destacam Platão, Alcibíades, Xenofonte, Antístenes, Critias, Aristipo, Euclides
de Megara e Fédon. Depois de uma vida inteira dedicada a interrogar os seus
concidadãos, em obediência a uma voz interior (daimon) é acusado de corromper os
jovens contra a religião e as leis da cidade. A acusação é feita por Anito, em
nome dos artesãos e políticos, por Meleto, em nome dos poetas, e por Licón pelos
oradores. Condenado por um tribunal popular a beber cicuta, e após ter recusado
os planos de fuga de Critón, morre numa prisão em Atenas, rodeado de amigos e
discípulos.
Sócrates rapidamente se torna na figura
emblemática do filósofo, imortalizado em inúmeras obras. Platão, discipulo de Sócrates desde os vinte anos,
transforma-o na personagem central dos seus diálogos, em particular na
Apologia de Sócrates, Fedón e Critón. Nesta obras é
ressaltada sobretudo a sua dimensão moral. Aristófanes, comediógrafo e
critico do seu tempo, na comédia As Núvens, apresenta-nos um Sócrates
sofista apenas interessado no que cobrava pelas aulas de retórica e oratória,
misturando discursos sobre a natureza e a moral. Xenofonte, militar e
historiador, foi o autor de uma série de obras biográficas onde exalta a figura
moral de Sócrates: Memoráveis, Recordações Socráticas, O
Banquete e Apologia de Sócrates. Estas obras foram escritas depois de
regressar da expedição à mesopotâmia dos dez mil mercenários gregos, e de ter
conhecimento da morte de Sócrates. Embora Aristóteles não o tenha conhecido directamente,
não deixa de o referir nas suas obras cerca de 40 vezes.
Não pretende este blogue procurar o bem ou a justiça, mas sugerir "A Arte de Convencer" numa nova Argumentação do Séc.XXI. |
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